O terrífico panorama da imprensa lusa está mais pobre. A Fólio, um "gigantesco" grupo empresarial sediado em Oliveira de Azeméis, que edita, entre outros, um matutino diário (e centenário), dito de referência, para além do Motor - alguém de entre os vivos já terá tentado desligar-se da newsletter deste semanário? - decidiu pôr fim à brilhante carreira comercial de «O Dia».
(Desculpem lá: ou servia para lavar dinheiro, ou como era possível continuar a sair para a rua?)
Este diário, matutino, que os vespertinos já lá vão - verdade, António Matos? -, sobreviveu largos anos graças à chantagem exercida sobre o corpo redactorial de «O Primeiro de Janeiro» e, de há dois anos a esta parte, fruto do esforço de dois gráficos entretanto despachados para a reforma.
(Se me desafiarem, conto como eram feitas muitas páginas do diário "dirigido" por Antero da Silva Resende. Manda a verdade dizer que escreve incomparavelmente melhor que Nassalete Miranda. Não é difícil. Mas, ao menos, aquele tem profissão fora dos favores político-partidários...)
A verdade é que «O Dia» foi sendo sustentado pelo Governo Regional da Madeira de Alberto João Jardim. Do mesmo modo que «O Diabo» e «O Primeiro de Janeiro».
Basta ver onde Jardim publica (e paga) as suas abjectas crónicas. Ao menos, nisto, esta alimária, tão endeusada por algumas "jornalistas" auto-intituladas das Artes & Letras - embora não saibam escrever em Português - é honesto. Paga para ser publicado, independentemente de quem escreve o texto. Jardim antecipou, pelo menos numa década, a famosa e famigerada central de informação. Sem necessidade de nomear um Luís Delgado para coisa nenhuma.
É como ir a um bordel de antanho...
Espero, para bem de muitos, os que lá ficaram e eu próprio, que a Inspecção-Geral de Finanças, se digne investigar o que se passa por aquelas bandas de Oliveira de Azeméis. Os «Recortes de Província» são, apenas, a ponta do polvo.
E escrutinar o Processo Especial de Recuperação da empresa »O Primeiro de Janeiro» que (julgo) ainda vai andando pelos corredores do Tribunal Cível do Porto - e onde sou parte interessada - desde 1991.
Acho que está na hora...
PS1: A apropriação do nome de Manuel Pinto de Azevedo Jr. para uma festança de casinos e prémios a quem mais for conveniente é, no mínimo, obscena. E diz bem da ideóloga... Que nunca viu, conheceu ou, sequer, falou com o dito, irmã, ou herdeiros.
PS2: Hesitei antes de escrever sobre este assunto. Pela proximidade, não afectiva, mas por respeito ao título onde fui admitido, como jornalista, nos idos de 1978. Mas não. 2005 é o ano do ajuste de contas com a cobardia, a ignomínia, a indignidade e, sobretudo, com quem, há dezenas de anos, foge e brinca com a justiça e o fisco porrtugueses. Garanto que, nâo demora muito, ainda o(s) vejo numa sessão do PS... Aos dois amigos, pois claro.
PS3: A lavagem de dinheiro é uma hipótese a não descartar. Surgiram alguns boatos...