quinta-feira, junho 30, 2005

Obrigado

Com a morte de Emídio Guerreiro, desapareceu a geração do "reviralho".
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Obrigado.

segunda-feira, junho 27, 2005

Glória, por entre tristezas...

Regressado ao Norte, eventualmente imune à actividade mais que perniciosa de um Subaru Impreza 4WD cinzento metalizado, sem faróis ligados - o que faço praticamente desde que inicio um percurso em autoestrada ou via rápida -, cá estou Matosinhos.
Notas de glória:
Há vários anos que não visitava a costa alentejana. Algarvizou-se. Mas com alguma contenção. Não sei quantos dos meus amigos de há trinta anos em Porto Covo ainda estão vivos. Soube que o Hermínio já se foi. Suspeito que o António Jorge e o Zé Correia se terão finado. Evitei, graças à cumplicidade da companheira, apurar mais sobre o assunto.
Este final de Junho parecia Agosto. Ao contrário das memórias, demasiados Audi, Mercedes e BMW. Não encontrei rasto dos Mini de outros tempos.
Mas, meus caros, as praias não têm parelelo...
...E, passe a publicidade, o Migas em Sines e o Arte&Sal em São Torpes são restaurantes a não perder.
Faz-se bem, a viagem. São muitos quilómetros, quatro horitas e tal, mas vale e valerá a pena. Lá voltarei, talvez em Setembro. À Praia do Salto, pois claro, e ao Migas.
Notas de tristeza:
Foi-se o Pai do Toninho. Conheci-o muito antes do filho ser gente. Que coisa...
Pressenti, há pouco, que uma amiga de juventude, se poderá também ter despedido da vida...

quinta-feira, junho 23, 2005

Por uma vez, para sul...

Para felicidade minha, o S. João deste ano no Porto (de Rio), cidade das nanás, mizés e outras meretrizes que tais - este não é o local adequado à utilização do calão que tanto escandaliza os "mouros" - parece coincidir com a estreia do circuito da Boavista.
Aquela invenção do autarca iluminado (e predestinado) que governa os destinos da segunda cidade do país.
Assim sendo, desço umas centenas de quilómetros. Para estas paragens...
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Onde as rameiras das nanás e mizés nunca colocaram os tocos.
Jantarei (jantaremos) repetidamente n'O Migas, beberei largos copos, vou (vamos) às noites de Porto Covo e Milfontes (não é vila, não é nova e tem falta de água)e pago tudo do meu bolso.
Ajudo o turismo nacional e, assim o prometo, não debitarei nada a alegados empresários do distrito de Aveiro...
I'm back...
Vou em busca de gentes antigas. De paisagens ímpares.
But I'm back...
PS: Esperem por mim, docentes e agentes da autoridade...
PSII: Gosto do adjectivo "rameira"...

sexta-feira, junho 17, 2005

Não há mesmo vergonha

Bagão, através de insultos avulsos, tentou justificar o défice que Constâncio apurou. O socialista. O mesmo socialista que, em 2002, através de uma encomenda de um governo PSD/CDS "enterrou" Guterres.
Ontem foi a vez de Ferreira Leite decidir revelar a sua verdade.
Não convenceu ninguém. Com excepção dos "fonsecas" de Oliveira de Azeméis...
Por uma vez recomenda-se decoro...
Bagão é, muito simplesmente, incompetente.
Ferreira Leite desiludiu-me. É uma aprendiz da mistificação.

quinta-feira, junho 16, 2005

Mais que mil palavras

Se "isto" não é o povo, então não sei o que é o povo...
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Perante a magnitude desta manifestação, "I rest my case"...
...A não ser que se trate de uma encenação de um passado recente. Que não acredito.
PS: Ordem da Liberdade para JPP?

terça-feira, junho 14, 2005

De mansinho...

..."assim como quem não quer a coisa", a minha geração vai ficando órfã.
Foi-se Sá Carneiro, Adelino, Mota Pinto, Pintasilgo, Zenha e mais alguns tantos. Sábado, fora do alcance desta internet globalizante, viciante, apaixonante e estéril, ouvi a notícia da morte de Vasco Gonçalves, um então coronel e ex-primeiro-ministro de vários governos provisórios.
Conheci-o, em sua casa, se a memória não me atraiçoa ali para os lados de Campo de Ourique, nos idos de oitenta. Não importam as circunstâncias. Para espanto meu, surgiu-me pela frente um idelista, um (perigoso) utópico, o oposto radical àquele "alucinado" que havia visto e ouvido em vários discursos. Pareceu-me um homem em paz com a (sua) história e percurso.
Perdi-lhe o rasto.
Ontem foi a vez de Álvaro Cunhal. Apesar do oceano ideológico que nos separou, curvo-me perante a sua imagem. Respeito a sua coragem, a sua fé e a sua insistência e persistência. Não confundo estas características com coerência. Cunhal foi sempre um homem de fé. Há uns séculos, teria certamente participado em várias cruzadas e não desdenharia, nunca, ter feito parte da Santa Inquisição. Insistiu e persistiu nos seus ideiais.
Noutros tempos, não teria problema algum em chamar-lhe estúpido. Hoje não. Porque, e disso estou certo, grande parte da sua vida terrena foi tudo menos agradável. Anos de cadeia e repressão e outros tantos de doença. Pelo meio, um percurso político feito de resistência. Que importa dizer que foi em sentido contrário ao da História?
Nunca falei com ele pessoalmente. Apesar de ter relatado muitas das suas iniciativas. Mas, repito-me, curvo-me perante o homem que foi...
...Eugénio deixou-nos. Por incompetência pura e dura, nada mais direi. Foi um poeta do Porto e cuja obra - prometo corrigir-me rapidamente - pouco conheço.
De mansinho...
...este 2005 cheira a orfandade à légua.
E ainda não chegamos a meio.

segunda-feira, junho 13, 2005

RIP

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sexta-feira, junho 10, 2005

Grande manchete

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Primeiro trimestre de 2005 mostra pequeno crescimento da economia

Portugal deixa de estar em recessão técnica

O PIB português aumentou 0,2 por cento no primeiro trimestre deste ano, face aos últimos três meses de 2004, uma variação que permitiu à economia sair da recessão técnica.

sexta-feira, junho 03, 2005

Será verdade?

Cinco funcionários do Ministério da Agricultura para cada agricultor?
Já me esquecia: com tantos sobreiros para derrubar...

A escola da indignidade

Após mais de dois anos de investigação e depois de mais de três dúzias de notícias que o ligavam a alegadas actividades no mínimo impeditivas do exercício de funções públicas, como é o caso de deputado à AR, António Preto, presidente da distrital de Lisboa do PSD decidiu pedir a suspensão do mandato.
Voluntariamente? Ou incomodado com as notícias? Não senhor. Tudo isto ocorreu após um magistrado do MP ter pedido à Assembleia da República o levantamento da imunidade parlamentar do dito deputado.
Mas, Preto exige que tudo esteja esclarecido até ao dia 15 de Julho. [Qualquer cidadão inocente calar-se-ia e não exigiria nada mais, excepto a não-pronúncia. Sua excelência não...] 15 de Julho marca o início das férias parlamentares. Diz o amigo de Ferreira Leite que pretende continuar a intervir na vida política nacional. E, já agora, esclareço que o dito não pretende prescindir do vencimento e demais abonos inerentes à função.
Não me recordo de nenhuma intervenção parlamentar de António Preto. Poderá alguém ajudar-me nesta tarefa?
Cruz Silva fez escola...

quinta-feira, junho 02, 2005

Sectarismo=estupidez=manobrismo saloio

Se há características que sempre me irritaram profundamente, o sectarismo é uma delas. Porque rápida e facilmente se confunde e mistura com oportunismo.
Por muito que tenha evoluído, José Pacheco Pereira não passa de um sectário. Não ideológico, já que se situa muito à direita da matriz ideológica do PSD e de Cavaco Silva, por quem tanto anseia e defende, mas apenas pela sua própria noção e vocação de poder. JPP está, pois, no PPD. Só ainda não sabemos - apenas porque o detentor da verdade e lucidez absolutas ainda não se dignou esclarecer-nos - em que PPD o douto está. (Durão assim-assim, Santana nunca e Marques Mendes ainda não falou nele. Está, pois, em banho-maria]
A táctica, aliás, é conhecida desde os tesmpo da "outra senhora". Tanto está como não está. Apenas para ver para que lado corre o vento do poder. É pena, mas JPP é mesmo assim.
O douto ex-dirigente da OCMLP discorda da nomeação de Fernando Gomes para a administração da GALP. Até eu. Só que, enquanto eu alego uma questão de aparências relacionadas com "apadrinhamento", JPP justifica-se com a sua (não)carreira ministerial, ausência de currículo como gestor e, sobretudo, porque é do PS. Mais ainda: JPP acha que Luís Nazaré não deveria ter sido nomeado para a presidência dos CTT porque... é do partido do Governo.
Notas finais para rebater a idiotice de JPP.
1 - Quanto à nomeação de Gomes estamos de acordo. Só discordamos quanto às razões invocadas. Recordo a JPP a nomeação de Duarte Silva para a Ministério da Agricultura. Vindo directamente dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, o engenheiro foi por mim encontrado na Rua de Oliveira Martins no Porto. (Acho que ia tomar café à Pastelaria Eça). Já o conhecia, exactamente de uma visita aos estaleiros. E perguntei ao indigitado governante: "E agora?"
Resposta rápida, transcrita e não desmentida em edição da época de «O Primeiro de Janeiro», ainda a actual "directora" não existia(1) - "Daqui a duas ou três semanas já poderei falar consigo. Sabe, eu de agricultura não percebo nada. De navios, esses sim!"...
Na altura, JPP era deputado e dirigente do partido do governo. Cavaco era primeiro-ministro. JPP calou-se muito caladinho e nunca questionou a competência de Duarte Silva na pasta da Agricultura.
2 - Não se reconhece nenhuma apetência ou competência profissional de Horta e Costa nas telecomunicações ou correios. A sua gestão é das tais que cheira a esturro e, segundo várias notícias, está sob inquérito judicial. JPP ignora isso. Porque lhe convém. Faz de conta que Horta e Costa é da sua cor. Luís Nazaré, vindo da Anacom, é incompetente. Apenas porque é do partido do governo.
E já agora: os tachos que o PSD arranjou para a rapaziada na PT?
PS: A "quadratura do círculo" na SIC Notícias, apesar dos esforços de Carlos Andrade, transformou-se no comício semanal de JPP. Lobo Xavier, António é claro e, sobretudo, Jorge Coelho deverão adoptar uma postura mais agressiva. Caso contrário, dali nascerá um novo "PRD". O de José Pacheco Pereira, um reformado da política mas com ambições muito mais vastas.
(1) Então, nos idos de oitenta, «O Primeiro de Janeiro» não era um matutino confidencial como hoje é conhecido e apelidado. O que me provoca uma imensa tristeza. A talho de foice: será que o Vítor da "última", subdirector de ????, já pediu emprego ao homónimo dos cachorros? Ou ainda haverá alguns processos delicados em tribunal, em comarcas do distrito de Aveiro?

quarta-feira, junho 01, 2005

Défice 1

Rezam números não desmentidos que há dez mil professores com horário zero. Quer isto dizer que estão em casa a ganhar legitimamente o seu ordenado graças à incompetência de Carmo Seabra e, sobretudo, fruto do "lobby" sindical.
Rezam números não desmentidos que há mil professores requisitados pelos (incontáveis e, em grande parte desconhecidos) sindicatos do sector.
Pagos pelo Estado, pois claro.
Há cada vez menos alunos e escolas.
Mas o número de docentes a cargo do Estado é o mesmo...
Onze mil?

Obrigado Mark Feld

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E também a estes dois
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Não há mesmo direito...

...Então não é que o ministro da Saúde calçou uns patins ao Conselho de Administração do Hospital de São João e, ainda por cima, o despacho não dá direito a nenhuma indemnização?
Como é sabido, o presidente era Fernandes Tato, um ícone da gestão bancária. Notabilizou-se ao serviço do "absorvido" Banco Borges & Irmão. Depois, como se de uma irmandade pêpêdista se tratasse, Jardim Gonçalves, do BCP, deu-lhe um emprego até completar a reforma. Reduzida, como é usual nestes casos. Depois, como necessitava de um carrito de serviço, mais uns milhares de euros e uma ou outra mordomia, Luís Filipe Pereira arranjou-lhe uma ocupação.
Nada disto me surpreende. Espanta-me a "delicadeza" que utilizou para comentar a sua saída. Isto a fazer fé no relato do PÚBLICO.
Porém, entre o rol dos "administradores" demitidos, consta um enfermeiro que, se a memória não me engana, foi protagonista de um caso que, a haver justiça, deveria ter dado cadeia.
Lembram-se da Clínica Heliantia em Francelos? Pois bem, já desactivada, foi cedida pelo Estado ao Sindicato dos Enfermeiros do Norte para ali instalar um centro de alojamento para enfermeiros deslocados, uma escola e um infantário. Pois durante anos e anos, o sr. José Azevedo, membro do CA do S. João, transformou o imóvel em residência pessoal. À conta das suas funções sindicais. Era assim: se o PPD/PSD era governo, silêncio absoluto; se o PS assumia o Ministério da Saúde há que tentar despejar o sr. Azevedo. Com a "alternância democrática", admito que o sr. Azevedo lá continue a morar, embora o ordenado de admnistrador lhe tenha proporcionado outras opções.
Recordo que houve processos judiciais, um deles protagonizado pela Câmara de Gaia, então presidida por um socialista.

...Nem vergonha. Colocar Fernando Gomes na Galp é uma ofensa. Cheira a tacho à légua. É verdade que é licenciado em Economia, mas não se lhe conhece qualquer apetência ou competência para gerir uma empresa.

...Suspeitar da gestão de Horta e Costa - onde é que já ouvi falar deste nome? - à frente dos CTT. Francamente! Eram negócios, só com amigos e familiares. Nada mais...

...Nem ética. O jardineiro da Madeira parece que se reformou. Das funções de presidente do Governo Regional. Através da Caixa Geral de Aposentações, pois claro. (Privilégio único, e só agora descoberto, reservado à Madeira e Açores) Não consta que se tenha demitido. Vai acumular a pensão de reformado com o ordenado. Guilherme Silva, um dos mais abjectos políticos portugueses, ex-líder parlamentar do PPD/PSD, nada disse. Claro. Pois se é deputado e, simultaneamente, consultor jurídico do jardineiro?
Marques Mendes existe?

...E muito menos vergonha. O herniático Santana escreveu (juro que foi o delgado amigo da PT que o fez) um artigo de opinião no DN a dizer que Constâncio e o Banco de Portugal se enganaram e enganaram os portugueses na avaliação das contas públicas e do (previsível) défice de 2005. A esquizofrenia, mesmo que política, tem destas coisas...