A ETA veio anunciar hoje, através do jornal basco
Berria, o fim do “cessar fogo permanente” que havia anunciado a 22 de Março do ano passado. A organização terrorista apelidou Zapatero de "fascista", e acusou-o de ter adoptado apenas “pseudo-soluções que não levam a lado nenhum”.
Mais um duro golpe para o Governo de Zapatero, que aliás, já tinha sido anunciado, na prática, com o atentado do Terminal 4, no aeroporto de Barajas.
E acaba assim (espera-se!) um chorrilho de politicas patetas encetadas pelo actual governo espanhol, cujo auge foi o pactuar com a redução de pena do inominável líder etarra
Juana Chaos, autor de perversos e arrepiantes atentados, que resultaram na morte de 25 pessoas e largas dezenas de feridos. Depois de ser condenado, por cúmulo jurídico, a 3000 anos de prisão, ao fim de 18 esteve prestes a sair em liberdade. Nessa ocasião, 2 artigos da sua autoria deram à estampa no jornal basco Gara, tendo sido novamente condenado a 12 anos, por delito de opinião e ameaças. Essa pena, depois de uma greve de fome de 115 dias, foi atenuada para 3 anos, o que motivou largos protestos e enormes manifestações por todo o país. Estava em Espanha, nesses dias, e era vê-lo, repetidamente na televisão, a passear romanticamente com a sua namorada à beira mar, impávido e sereno.
Este cenário idílico não pode nunca esconder a incomensurável monstruosidade deste homem, que está claramente provada (se alguma dúvida restasse) numa frase absurdamente bárbara que escreveu, por ocasião dos funerais do autarca do PP Aberto Becerril e a sua mulher, executados pela ETA, em Sevilha, em 1998:
“Os seus choros são os nossos sorrisos que acabarão em gargalhada limpa.
Encanta-me ver as caras desfiguradas que têm. Com esta acção já me sinto comido
para todo o mês.”
Escuso-me a comentar.
Concluindo. Não nutro a mais pequena simpatia pessoal por Mariano Rajoy, o pior líder que o PP alguma vez teve. Mas devo concordar com ele, quando, de há uns meses para cá, vem a dizer repetidamente que não se negoceia com terroristas. Por nenhum preço, por razão nenhuma.