sábado, janeiro 22, 2005

PS/Porto: psiquiatria ou polícia?

Não há muitos meses, escrevi no meu anterior blog que o PS/Porto era um caso psiquiátrico. Agora, acho que já é um caso de polícia.
Não sei se Nuno Cardoso favoreceu deliberadamente o FCPorto. Não sei se participou em qualquer negócio ou negociata e dele, ou deles, retirou qualquer vantagem pecuniária.
Não sei, nem para o caso interessa.
Também não sei se Rui Rio favoreceu, ou não, o Bavista.
Não sei se Pedro Santana Lopes favoreceu ou não o Sporting e o Benfica. Sei apenas que a sua gestão à frente da Câmara Municipal da Figueira da Foz está envolta num diáfano manto de suspeitas. Justificadas, ou não, é o que compete às autoridades averiguar.
A verdade é que o Euro2004 foi um sucesso. Mas é também verdade que, por onde o torneio passou, as câmaras foram sendo acusadas de favorecimentos vários, de negócios mais ou menos ocultos, de despesas leoninas, enfim, de um mundo de irregularidades.
Vem tudo isto a propósito da reacção de Nuno Cardoso quanto à sua constituição como arguido num processo relacionado com o Plano de Pormenor das Antas.
(Deixo-vos uma dica: convirá apurar os resultados da passagem de Ricardo Figueiredo pelo pelouro do Urbanismo da Câmara Municipal do Porto).
Com as frases que proferiu, com as insinuações que lançou para o ar, Nuno Cardoso parece ter sido contagiado por aquele vírus da esquizofrenia que reina no PS/Porto.
No mínimo, o partido deveria já ter deixado claro que não contava com o seu militante para mais nada.
O problema é, sempre, o aparelho. E, enquanto o PS/Porto não se desfizer de gente como Nuno Cardoso, Fernando Gomes, Narciso Miranda, Manuel Seabra, o funcionário Domingos Ferreira - o verdadeiro capo da distrital -, entre outros, continuará refém dos mesmos de sempre. Já agora: neste rol incluo Assis, optando por não mencionar outros de menor importância mas nem por isso menos nocivos.

Portas anunciou o seu governo, ao mesmo tempo que diz pretender um resultado superior ao PCP e BE juntos. No elenco constam Morais Leitão e Lobo Xavier. O cenário é hilariante. Os nomes divulgados significam que, nem os próprios, acreditam poder assumir responsabilidades governativas. Alguém imagina que Morais Leitão ou Lobo Xavier, mesmo se profundamente sensibilizados para patrióticas tarefas no governo, abandonariam as suas funções privadas?

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Sobre o teu último parágrafo, acho que o Lobo Xavier fazia o jeitinho. Ainda é novo, e quatro anos passam depressa.
Ass: Santinha

24/1/05 11:34  

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