Congresso de Abril
O CDS-PP, órfão de Paulo Portas, está reunido em congresso. Não sei, julgo que poucos saberão, qual será o futuro líder.
Telmo Correia ou Ribeiro e Castro?
O primeiro representa um "portismo" mitigado, menos populista mas, julgo, mais eficaz.
Ribeiro e Castro é, apesar do distanciamento proporcionado por um emprego dourado em Bruxelas, ideologicamente mais marcado. Mais ligado ao CDS original. Menos corrompido pelo PP de Portas.
Se, aparentemente, o eurodeputado já terá vencido, aguarda-o uma tarefa ciclópica. Será um líder fora do Parlamento, um fórum por excelência, cuja não-presença constuma ser fatal. Veja-se o que aconteceu com Marcelo no PSD.
Telmo Correia está lá. Esteve no Governo, embora por poucos meses. Talvez seja o mais adequado, mas a JC, apesar de tudo, é importante. E neste campo, o ex-secretário de Estado da Aliança Democrática leva vantagem. Telmo traz na bagagem o apoio das distritais.
Mas, neste conclave, há alguns figurões.
A começar por Portas.
No seu discurso de despedida, Portas disse, e cito de memória, que o "contrato" entre o Povo-votante e a maioria governativa, leia-se PSD/PP-CDS/PP, se rompeu no dia em que Durão Barroso optou por uma candidatura à presidência da Comissão Europeia. A ser assim, o que se esperava do ícone da dignidade, coerência e ética, é que, no mesmo dia, o dr. Portas tivesse denunciado a coligação, abrindo caminho a eleições, poupando o país e os portugueses, o Povo-votante, ao triste espectáculo de Santana como primeiro-ministro. Portas, digo eu, gostava muito da casinha oficial, o Forte de S. Julião da Barra, e o aparelho partidário não abdicou dos empregos no Estado.
Nobre Guedes anda/está constantemente enjoado. Zangou-se em definitivo com o amigo Portas e não discute lugares. Até porque tem uma vida profissional muito absorvente. Continuo sem saber o motivo que o levou a aceitar o Ministério do Ambiente, exceptuando o caso da legalização da casinha na Arrábida.
Maria José Nogueira Brito também tem actividade profissional. É verdade. No Estado e por nomeação governamental. Do PS. Na Santa Casa da Misericórdia. Bom ordenado, carro e motorista, telemóvel, cartão de crédito para despesas de representação, e não só... Não tem tempo para o partido.
Lobo Xavier, que nunca gostou muito de Portas, embora lhe reconheça virtudes, aposta em Ribeiro e Castro. Narana Coissoiró em Telmo Correia.
Acho que anda tudo louco.
Para cúmulo, avisto um amigo, via RTPN, a fazer um passo de dança frente às câmaras televisivas. Não imaginava tamanha agilidade, meu caro Carlos...
Visto de longe e numa perspectiva desinteressada, permitam-me que apoie (salvo seja!) Ribeiro e Castro. Com este, pelo menos assim o penso, poderei compreender melhor o rumo e a ideologia do CDS. Sem PP, pois claro.
PS: acabo de descobrir, ao lado do presidente da Mesa do Congresso, uma múmia que julgava adormecida. Trata-se de um vereador da Câmara do Porto, um dos que canibalizou, em proveito próprio e de outros, grande parte do património imobiliário e financeiro de um matutino de referência. Sim, falo de Fernando Albuquerque.
Telmo Correia ou Ribeiro e Castro?
O primeiro representa um "portismo" mitigado, menos populista mas, julgo, mais eficaz.
Ribeiro e Castro é, apesar do distanciamento proporcionado por um emprego dourado em Bruxelas, ideologicamente mais marcado. Mais ligado ao CDS original. Menos corrompido pelo PP de Portas.
Se, aparentemente, o eurodeputado já terá vencido, aguarda-o uma tarefa ciclópica. Será um líder fora do Parlamento, um fórum por excelência, cuja não-presença constuma ser fatal. Veja-se o que aconteceu com Marcelo no PSD.
Telmo Correia está lá. Esteve no Governo, embora por poucos meses. Talvez seja o mais adequado, mas a JC, apesar de tudo, é importante. E neste campo, o ex-secretário de Estado da Aliança Democrática leva vantagem. Telmo traz na bagagem o apoio das distritais.
Mas, neste conclave, há alguns figurões.
A começar por Portas.
No seu discurso de despedida, Portas disse, e cito de memória, que o "contrato" entre o Povo-votante e a maioria governativa, leia-se PSD/PP-CDS/PP, se rompeu no dia em que Durão Barroso optou por uma candidatura à presidência da Comissão Europeia. A ser assim, o que se esperava do ícone da dignidade, coerência e ética, é que, no mesmo dia, o dr. Portas tivesse denunciado a coligação, abrindo caminho a eleições, poupando o país e os portugueses, o Povo-votante, ao triste espectáculo de Santana como primeiro-ministro. Portas, digo eu, gostava muito da casinha oficial, o Forte de S. Julião da Barra, e o aparelho partidário não abdicou dos empregos no Estado.
Nobre Guedes anda/está constantemente enjoado. Zangou-se em definitivo com o amigo Portas e não discute lugares. Até porque tem uma vida profissional muito absorvente. Continuo sem saber o motivo que o levou a aceitar o Ministério do Ambiente, exceptuando o caso da legalização da casinha na Arrábida.
Maria José Nogueira Brito também tem actividade profissional. É verdade. No Estado e por nomeação governamental. Do PS. Na Santa Casa da Misericórdia. Bom ordenado, carro e motorista, telemóvel, cartão de crédito para despesas de representação, e não só... Não tem tempo para o partido.
Lobo Xavier, que nunca gostou muito de Portas, embora lhe reconheça virtudes, aposta em Ribeiro e Castro. Narana Coissoiró em Telmo Correia.
Acho que anda tudo louco.
Para cúmulo, avisto um amigo, via RTPN, a fazer um passo de dança frente às câmaras televisivas. Não imaginava tamanha agilidade, meu caro Carlos...
Visto de longe e numa perspectiva desinteressada, permitam-me que apoie (salvo seja!) Ribeiro e Castro. Com este, pelo menos assim o penso, poderei compreender melhor o rumo e a ideologia do CDS. Sem PP, pois claro.
PS: acabo de descobrir, ao lado do presidente da Mesa do Congresso, uma múmia que julgava adormecida. Trata-se de um vereador da Câmara do Porto, um dos que canibalizou, em proveito próprio e de outros, grande parte do património imobiliário e financeiro de um matutino de referência. Sim, falo de Fernando Albuquerque.
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