quinta-feira, janeiro 27, 2005

Quatro novelas à portuguesa

Será que, ainde este século, vamos ver e ouvir um debate entre Santana Lopes e José Sócrates?
Pelo andar da carruagem, suspeito que, antes de tudo, deverá haver, pelo menos, um debate entre os respectivos porta-vozes para decidir, em nome do chefe, se sim ou não haverá debate.
Esta é a primeira novela à portuguesa de hoje.
A segunda é, sem sombra de dúvidas, a execução orçamental divulgada ontem. Não há cristão que não fique aterrado.
Terceira: parece que Santana não resistiu e deixou fugir o pé para a chinela. Depois de Louçã ter deixado implícita a inclinação sexual de Portas, circunstância que o inibiria de discutir ou, sequer, falar sobre o aborto, Santana terá glosado em público idêntico boato que por aí corre sobre Sócrates.
A ser verdade, já que tudo não passou de "hear-say" - o ouvir dizer - algo vai mal neste reino da alegada intectualidade política.
Por fim: alguém acredita nos números de Santana sobre as nomeações destes últimos tempos? E até à posse de um próximo governo, quantas mais surgirão em Diário da República?