terça-feira, abril 04, 2006

Suão

Com uma noite destas, aí pelos idos de oitenta, não havia maneira de travar uma ida ao Algarve. Nem que fosse para aproveitar os tradicionais dois dias de folga aos quais, se conseguíssemos "tanguear" o chefe de serviço, poderíamos juntar mais um ou dois, as ditas folgas de compensação.
Não demorava nada. Era só ir a casa, fazer o saco, e ala que se faz tarde. Eram viagens inacreditáveis. A A1 era uma miragem e, a partir de Vila Franca de Xira, estrada nacional, sff.
Horas e horas depois, lá estávamos nos Olhos d'Água. Dormida na praia e, depois, casa. O ritual era sempre o mesmo. O "suão", o mesmo vento que agora ouço e sinto aqui em Matosinhos, dizia-se, trazia o aroma do "hax" de Marrocos. Mentira! Trazia, isso sim, o princípio do Sol!
E muita sede. Esta que, mesmo os infantes, parecem sentir.
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Relembro um regresso particularmente atribulado. Com ameaças de processo disciplinar pelo(s) [enésimos] atraso(s) na chegada à Redacção.
Só mesmo um acidente, com mortos, nos livrou de mais uma chatice. Foi mesmo frente ao Batista Russo, pouco antes de Leiria. Obrigado ao chefe José Rodrigo...

1 Comments:

Blogger Dr.Lux0 said...

Mas não eras assim tão "verde" como na foto, pois não?
:P

10/4/06 10:27  

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