segunda-feira, março 07, 2005

Uma segunda história

Como é possível que uma empresa declare à Segurança Social e ao Fisco salários inferiores ao mínimo nacional, sem que alguém, de entre os zelosos funcionários do Estado e estranhe?
Como é possível ao mesmo empresário pagar salários inferiores aos mínimos nacionais e, ao mesmo tempo, pagar um acréscimo de quase 80%, líquidos e isentos de impostos. Será que as Finanças alguma vez pensaram em ver a contabilidade da empresa em causa e do empresário de Oliveira de Azeméis?
Como é possível que um alegado empresário - detentor de uma série infindável de empresas - continue a afirmar publicamente não ter património quer cubra as incontáveis dívidas que paulatinamente vai semeando pela praça?
E, simultaneamente, presida aos destinos de associações socioprofissionais, obtenha subsídios para tudo, e nada lhe aconteça?
Como é possível deitar a mão em tribunal a uma empresa insolvente, isto em 1991, e desde então continuar a fugir aos credores, mesmo depois de ter obtido a redução dos créditos a 10%?
Sugiro ao Ministério das Finanças que apure com exactidão o que se passa no distrito de Aveiro.
Não me venham com histórias. Cheira à légua a corrupção.
PS: Aliás, o processo dos Recortes de Imprensa, se levado a bom porto e se o Ministério Público tiver feito o seu trabalho de casa, poderá vir a levantar uma ponta (mínima) do véu…

1 Comments:

Blogger G. said...

Tuod é possível no nosso país, até mesmo - e isto esqueceste-te de contar - que uma empregada das Finanças trabalhe fora de horas numa empresa privada que está a ser investigada pelas... Finanças. Isto aconteceu lá.

7/3/05 15:19  

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