terça-feira, julho 05, 2005

See you soon... (*)

(*)...Que é, como quem diz, "até breve!"
Hoje, amanhã, se calhar sexta-feira, parto para banhos. Já o deveria ter feito. Mas assola-me uma imensa inércia. Que espero combater com sucesso nestes próximos tempos. Assim sendo, vamos ao que interessa. As corporações.
1 - Os sindicatos portugueses, as centrais sindicais, julgam viver na década de oitenta do século passado. Não lhes interessa se representam ou não a maioria dos grupos sócio-profissionais que dizem representar. Pela parte que me toca, ainda bem que não me revejo neste segmento. Costumo dizer: "Já dei para esse peditório". Verdade: fui sindicalizado durante largos anos, fui dirigente sindical (eleito), fui delegado sindical, pertenci a Comissões de Trabalhadores. Hoje, lamento os sindicatos. Já não é possível ouvir os seus dirigentes sem esboçar um sorriso (cínico) de condescendência...
2 - Os funcionários públicos andam chateadíssimos. Parece que o Governo quer acabar com algumas regalias injustificadas, reformas, ADSE, regime de faltas e outras mordomias que tais. Manif's sucessivas. Pois, a FP omite um pequeno pormenor. O Estado não faliu (até hoje) e, portanto, trata-se de um emprego para a vida inteira. Que, no caso, da FP termina mais cedo...
3 - Os professores também andam irritados. Dez mil com horário zero. Isto é, em casa, sem fazer nada, a ganhar o ordenadito. Progressão na carreira assegurada. Mais sete mil considerados com inaptos para a profissão mas que continuam na escola como se nada fosse. Bem visto. Mil e cem espalhados pelos sindicatos (alguém sabe quantos haverá?) pagos pelo Estado. Melhor visto. Correcção de exames? Tarefa paga à parte. Baixas? Pois claro, tantas quantas as necessárias. Acções de formação organizadas pelos sindicatos? Porque não? É, assim, a canseira de ensinar. Pelo menos no litoral. O caso é muito simples: 1/3 dos professores está a mais. Numa empresa privada, seriam objecto de lay off. No Estado são promovidos.
4 - Ter-se-á acabado com o regime assistencial da PSP. Uma mina. Qualquer "meliante" da corporação beneficiava de um regime especial para o qual não contribuía. Ficava tudo a cargo dos restantes contribuintes. Mais: se cassasse, acasasalasse ou "ajuntasse" cinco ou seis vezes, tudo ficava abrangido. Filhos? Pois claro, até ao fim da vida. Fossem eles deficientes, empresários, dealers de droga ou administradores da Caixa Geral de Depósitos. Pois...
Justificação: "Então a partir de agora tenho que ir ao mesmo sítio onde vão os criminosos que prendi?"
Já agora: serei eu obrigado a ir aos mesmos sítios destes animais?
5 - Praças (soldadesca) da Armada andam de rastos. Anuncia-se o fim do subsídio de embarque. Será que os bombeiros têm ajudas de custo para apagar fogos e os mineiros auferem mais se descerem abaixo dos três metros?
6 - Os enfermeiros gostam mesmo do seu presidente. O amigo do dr. Tato do Hospital de São João no Porto que, há mais de uma década, ocupa abusivamente as antigas instalações da antiga Clínica Heliantia em Francelos. É uma profissão desgastante. É verdade. Entre os hospitais e as clínicas privadas, com urgências (pagas à parte), deve ser mesmo difícil... Ter tempo para ganhar mais que o Presidente da República.
PS: Volto amanhã, se me apetecer, para glosar o atentado da Al Qaeda no Porto do dr. Rio. Mas não só: Isaltino, Valentim, Fátima, Avelino e o filho da puta do Jardim - devolvo-lhe o insulto - não perdem pela demora...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O desplante: Não vai de férias "por inércia"??? Boa viagem, lucky bastard
filinto

6/7/05 15:13  

Enviar um comentário

<< Home