quarta-feira, maio 24, 2006

Suporte

http://margensdeerro.blogspot.com/

Editorial

Acabo de rever o programa da RTP1 “Prós e contras” de segunda-feira. Na RTPN…

.1 (Declaração de interesses, algo que está na moda, vide os mais recentes editorais de JMF in «PÚBLICO»)
Não conheço pessoalmente nem nutro qualquer simpatia pessoal ou política por Manuel Maria Carrilho. Circunstâncias e sentimentos extensíveis à sua companheira/esposa Bárbara Guimarães. [Perdoem a duplicidade do adjectivo qualificativo. Não sei, nem me interessa, se MMC casou ou não, vendeu/cedeu ou não, as fotos de uma pretensa boda. A verdade é que existe um criança. Se é filho ou não, estou-me nas tintas. Portanto, a partir de agora, BG surgirá, aqui, grafada como esposa/mulher de MMC]. Não conheço pessoalmente Emídio Rangel, nem me é particularmente simpático. [Aliás, acho que o moço anda desesperado por um emprego, seja ele qual e onde for]. Dele guardo algumas recordações relacionadas com o “assalto” à TSF, com recurso a um berbequim e vários seguranças musculados, um namoro/casamento com uma ex-jornalista televisiva (tudo muito “in” e mediático), director super-geral da SIC e da RTP. Não conheço Ricardo Costa, apesar de este ter dito por várias vezes que andou pelo terreno. Acredito. Nunca nos encontramos. Seguramente, por minha responsabilidade. Também “só” andei no terreno aí uns dezoito anos. Não conheço Miguel Gaspar, do «DN». Conheço pessoalmente – mas não sou amigo e muito menos correligionário – José Pacheco Pereira. Conheci-o n’ «O Grito do Povo/OCMLP», depois no MASP 1 e, ainda, no «Clube da Esquerda Liberal». Ponto final. Vi, na RTP-Porto/Monte da Virgem, enquanto estagiária, a alegada “jornalista/apresentadora” do programa. Não trabalho, aliás não trabalho, para a RTP, SIC ou alguma das agências de comunicação visadas. De António Cunha Vaz e todos os associados, apenas sei que trabalha/trabalham, entre outros, para o “glorioso” Benfica. E, numa manobra publicitária reveladora do carácter, anunciaram a compra d’ «A Capital» e d’ «O Comércio do Porto».)
Já me esquecia. Também já fiz fretes. Felizmente nunca remunerados. Fossem em mordomias, cargos ou espécie. Quase todos, se não todos, por amizade. (Que estupidez!...)

Estou, portanto, à vontade para falar do assunto. Só abordarei aqui os protagonistas mais importantes.

.2 – MMC acha que foi derrotado pelas agências de comunicação. Pessoalmente, acho que não. Mas também isto é pouco interessante. Se MMC fosse candidato à CM Porto, NÃO VOTARIA NELE. Ponto assente. O Professor, como o dito fez questão de salientar várias vezes, não me merece qualquer confiança. Todo o seu percurso político foi baseado numa mediatização obscena. Já o disse e repito. Jack Lang foi único e fez uma época. Carrilho pode ter sido um bom ministro. Concedo. Mas a utilização pornográfica de BG – ainda estou para compreender o valor desta senhora, excepção feita à sua figura – é inaceitável. Claro que BG também beneficiou, e muito, disso. Portanto, e estando-me nas tintas (não era isto que queria escrever, mas enfim…) para os destinos de Lisboa, do Campo Pequeno, do Casino, do Audi A8 e Santana que ninguém quer nem a preço de saldo, MMC perdeu as eleições apenas e tão só por culpa própria. Terá sido mal aconselhado? Talvez. Mas para um intelectual de elite como ele próprio se proclama, não há desculpa possível. Perdeu as eleições por arrogância. Por estupidez.

.3 – JPP. Aqui está um caso quase psiquiátrico. JPP entende que todos os jornalistas são analfabetos congénitos. E, em última instância, corruptos. Em termos de autoconvencimento, não vislumbro diferenças entre JPP e MMC. Aquele, apenas, foi mais cauteloso e resguardou a família. [“Defeito” de formação política, é claro] Aliás, nunca se viu JPP acompanhado por uma figura feminina. O que o leva a delírios. Comparar, mesmo na mediatização, Santana Lopes a Carrilho é um insulto. Para aquele. Pelo menos, que se saiba, MMC não vive ou viveu à custa das “namoradas”. E, em termos estritamente culturais, as diferenças são abissais…

.4 – Agências e jornalistas. Após 28 (vinte e oito) anos de profissão, não tenho dúvidas em afirmar que há profissionais a soldo das agências. E que o jornalismo, enquanto tal, anda pelas ruas da amargura. Aqui, dou razão a MMC, ER e JPP. Sei, por experiência própria que, salvo raras excepções, poucas são as notícias com produção própria. A esmagadora maioria obedece a uma agenda própria. A Justiça, seja ela sindicalizada ou não, tem agências ao seu serviço. O mesmo acontece com o Governo. Este ou outro qualquer. Empresas, grupos socioprofissionais, incluindo alguns ligados à Defesa ou à segurança (PSP/GNR/PJ e outros) utilizam e pagam estes serviços. Qual é o drama? Nenhum. Salvo que, em Portugal, o “lobbying” é ilegal. É por isso que todas estas manobras são sub-reptícias. Claro que, nem sempre, as agências “remuneram” os jornalistas. Direi que, na maioria dos casos, dada a impreparação, inexperiência e ausência de tutela, os jornalistas são “comprados” através de pequenos favores. “Metes duas mentiras ou falsas verdades e amanhã dou-te uma cacha”. Este é o primeiro argumento. O segundo será: “Vou-te enviar este pressrelease e no próximo fim-de-semana levamos-te para um fim-de-semana naquela casa de turismo rural e, depois, metes uma ‘breve’ no suplemento de domingo”. Isto passa-se nas secções regionais/nacionais/sociedade. No que toca ao Desporto e Economia, meus caros, isso é outra coisa. Há “recompensas” vivas… Podem ser carros, viagens, noitadas, jantares ou outras “orgias”.

.5 – Emídio Rangel tem razão quando diz que as agências ditam as agendas e o alinhamento dos noticiários. Por não é verdade que o omnipresente funcionário do PSD, de nome Fernando Lima, depois de ter abandonado o Ministério dos Negócios Estrangeiros assumindo, dias depois, a Direcção do «DN», se veio queixar publicamente das agências de comunicação que não o terão autorizado a aquecer o lugar? Ora bem. Estranho. Pois não é verdade que o chefe obscuro do «DN» era um alegado jornalista de nome Luís Delgado, aliás administrador do Grupo Portugal Telecom, ele mesmo outro funcionário a soldo do PSD e, mais especificamente, e Santana Lopes? Sabem onde anda Fernando Lima? No Palácio de Belém, pois claro…

.6 – O problema são os aprendizes de feiticeiro. Onde se incluem personagens menos mediáticas, algumas com responsabilidades editoriais em jornais auto-intitulados de “referência”. Passo à frente, por total irrelevância. Na RTP 1, o filme é diferente. A alegada jornalista/apresentadora – gostaria de ser a BG da televisão pública, faltando-lhe apenas a figura, alguma inteligência e cultura e, sobretudo, a capacidade de falar Português – transformou o programa num inenarrável comício. [O programa sobre o encerramento das maternidades é motivo para despedimento com justa causa. Mas, possivelmente, na RTP, como na RDP, o crime compensa] O sorriso/riso que ostenta é pornográfico. No programa a que me refiro, por total impreparação, foi sempre, sempre, ultrapassada pelos acontecimentos. Não compreendeu os sinais. Chegou ao limite de repreender JPP. Imagine-se uma analfabeta congénita meter-se com JPP. Levou logo com a resposta: “É um programa em directo, portanto não vai ser editado”. A funcionária do PPD/PSD não percebeu…

.7 – Conclusão
MMC e JPP têm razão. A generalização é, como sempre, abusiva. Ricardo Costa (é jovem, não pensa), qual presidente do Sindicato dos Jornalistas (será que o próprio não foi convidado ou terá estado num fórum qualquer em Bucareste ou Abidjan? Ou ocupado com o não pagamento dos prémios de produtividade no “seu” «JN»?) decidiu defender um grupo socioprofissional onde, imperativamente, se deverá distinguir o trigo do joio. E, para tristeza minha, a purga deverá começar nas publicações ditas “de referência”. [Sugiro uma leitura atenta dos mais recentes textos de Rui Araújo provedor do «PÚBLICO». São elucidativos.] As agências ordenam impunemente e exercem pressões editoriais inaceitáveis. As colocações da publicidade – pelo menos em jornais que a têm – são determinantes.

Em suma: para minha surpresa e espanto, acho que MMC (PS) tem razão. JPP (PSD) deu-lha.

sábado, maio 20, 2006

O mistério do envelope

O inefável Souto Moura ordenou uma investigação urgente ao dito. Passados meses e meses, concluiu que a culpa é dos jornalistas. E da PT. Os doutos magistrados nada têm ou tiveram a ver com o caso. E se algo tiveram, já prescreveu.
Será que o MP de Souto Moura investigou o conteúdo deste?
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quinta-feira, maio 11, 2006

E são pagos para isto

Não há muito, no canal AXN, revi um episódio da série CSI. A dado passo, o/a tradutor/a que efectuou a legendagem grafou esta pérola: REBÉULA. Pretenderia o/a analfabeto/a contumaz dizer rubéola.
Mais não digo. Caso contrário deveria mudar de blog...

segunda-feira, maio 08, 2006

Capital do Móvel

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Este foi lá comprar uma gaiola.
O problema é que a trouxe com com alguns frangos, pois claro...
PS: O Moreira, em fundo, estava no banco de suplentes. O Ricardo da churrasqueira já tem herdeiro.

domingo, maio 07, 2006

Afinal enganei-me

Ribeiro e Castro, Telmo Correia, Pires de Lima e Nuno Melo vão continuar a guerra de famílias até 2009... Com Portas na segunda linha, como convém a um padrinho que se preze.

Características de um microcosmo

Paira uma implosão sobre a Batalha...
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quinta-feira, maio 04, 2006

Barça campió


Há coisas que, quer se queira quer nao, sao inevitáveis. O Barça ser campeao da liga espanhola, este ano, era uma delas. Já está.
Nao ponho é as minhas maos no fogo em relaçao Champions, porque aí a história é outra e o Arsenal impoe respeito, muito respeito. Aliás, irrita-me profundamente a arrogância crónica e desmedida dos adeptos e jornalistas catalaes. Pode ser que em Paris, as coisas nao sejam assim tao simples como eles pensam.

E a festa foi aqui, como manda a tradiçao. Na Rambla de Canaletes, junto à fonte com o mesmo nome. Como quase sempre acontece com as manifestaçoes de massas, a coisa acabou em vandalismo puro e duro. Estive lá 10 minutos e chegou.

P.S. - Peço desculpa pela sucessiva falta do "til" nas palavras. Os teclados espanhóis nao sabem o que isso é.