sexta-feira, dezembro 30, 2005

Bingo!...

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quinta-feira, dezembro 29, 2005

Ainda lá está?

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Nouveau riche?

Une blague, non?

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Antevisões...

...Antevejo que quinta-feira, dia 29, se possa transformar num dia memorável...
...Estão previstas, dois dias depois e cá por casa, aberturas excepcionais...
...Se tudo correr bem, vou gastar uns tostões...
Exceptuando uma máquina fotográfica digital, certamente japonesa e, portanto, importada, o whisky e os champagnes - há promessas de Don Pérignon - e espumantes espanhóis, umas "cavas" que por cá "aterraram", há certezas de Barca Velha, Post Scriptum, Herdade do Mouchão e outras raridades que tais.
Cohibas, cubanos e da República Dominicana, diferentes e ambos bons, cigarrilhas Vega Fina, a noite promete ser memorável.
PS: Às zero horas desse mesmo dia, concluo um longo percurso como fumador de cigarros. Quanto aos tabacos latino-americanos, a promessa não se aplica.
Tudo isto poderá ser alterado, caso me seja dada alforria para rumar até ao Alto Minho. Se assim acontecer, pimba!!!, lá terei de "aturar" o Alfredo do Ancoradouro...
Tenho dito!...

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Assim se ganha dinheiro em Portugal...

...Há que enaltecer, sempre e acima de tudo, o nosso tecido (manual ou tearl mecânico) português...
...Considerando que, nestes últimos dois meses, a BMW vendeu mais que a Mercedes-Benz... Que o grupo Audi-VW se manteve estável, afinal onde está a crise?
Venha a OTA, o TGV e muitas obras no Metro do Porto, no Metro de Lisboa, nos tribunais, hospitais, escolas, estradas (?), quartéis militares - alguém imagina qauntos há, entre activos e abandonados ? -, e outras obras autárquicas adjudicadas a privados, para dar algum alento dos vamzelleres deste país.
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Assim se ganha dinheiro...
...Pagamos todos e sem refilar...

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Vistos e ouvidos os dez debates…

...Lamento dizê-lo, mas regresso às mesmas opções de 1985. Votarei, pois, em Mário Soares.
Não o poderei fazer em Jerónimo de Sousa por questões meramente ideológicas, embora enalteça a sua coerência e, sobretudo, a postura. Há muito que não via um dirigente do PCP numa campanha tão bem sucedida.
Não votarei nunca em Louçã, porque a esquerda-caviar da Ralph Lauren e, sobretudo, o paternalismo do discurso, me irritam de sobremaneira.
Não voto Manuel Alegre, porque o homem, trinta anos depois do 25 de Abril, não sabe nem percebe nada de nada. Lamento dizer isto do meu eleito inicial. Já agora, recomendo ao poeta que, não só se demita das suas funções parlamentares – foi eleito por um partido, que renega, foi proposto por um programa que enjeita e, sobretudo, não cumpre as suas obrigações como deputado. Estamos entendidos?
Não poderia nunca votar em Garcia Pereira nem nos outros candidatos que se pré-anunciam diariamente.
Cavaco, há mais de vinte anos que me provoca náuseas. Não passa de um mero economista, a léguas de outros que o “seu” partido produziu e produz – não falo do “Sebastião Borges” –, de um medíocre docente, um político que renega a classe, uma esfinge que nada diz. Não passa de uma marioneta a mando do bando de Dias Loureiro e Companhia que, como se sabe, directa ou indirectamente, participam em todos, mesmo todos, os negócios que envolvam o Estado. Mete aflição a forma como o proprietário da vivenda Mariani, o mesmo que arranjou a mudança de nome de Poço que Boliqueime – assim conheceu a terriola – para Fonte de Boliqueime – milagre! Uma fonte na costa algarvia – foge de todos os assuntos, por completo desconhecimento, mas consegue solucionar todos os problemas do país... JÁ DEI PARA ESTE PEDITÓRIO...
Cavaco gostaria de ser primeiro-ministro. Mas não é disso que se trata…
Cavaco é um inculto, mal nascido, que, circunstancialmente, serve um PPD/PSD tradicionalmente elitista. Cavaco foi sempre suportado pelo partido. Teve a sorte, porém, de se situar, não por conhecimento ou convencimento de teorias políticas, mas apenas por intuição, à esquerda. Foi isso mesmo que, juntamente com o dinheiro de Bruxelas, o fez durar dez anos… Nada mais!
Soares tem 81 anos. Não faz promessas, diz apenas que poderá falar com um, dois, três ou cinco amigos. Não duvido. Claro que vai viajar muito mas, mesmo assim, sair-nos-á mais barato que Cavaco, que dissolverá o Parlamento as vezes que forem necessárias até o seu partido obter a maioria absoluta que lhe convém. Mas, atenção, o actual PSD não é o de Cavaco e Marques Mendes não passa de um abcesso. Assim sendo, teremos muitas eleições até ao desfecho pretendido. Ou alguém pensará que a presença, ontem, na AR, de um nado-morto que estrebucha, de nome Santana Lopes é casual e inocente?
Por estas e, por muitas outras, votarei Mário Soares. Porque o conheço, conheço o seu modo de pensar e agir e, acima de tudo, as suas irresistíveis tropelias...
(Cumprindo o "código" de ética do diário ao serviço de Cavaco Silva, informo que fiz parte a trabalhei como um cão no MASP1. A segunda edição já tinha muitos paulosmorais, marcosantónios e outros que tais. Esta terceira, já dei para o peditório..).
PS: Que não restem dúvidas. Soares ganhou o debate de ontem à noite. Verdade que foi uma vitória escassa, mas frente a um candidato/equipa que colocou três autocarros de dois pisos frente à baliza... E cujas únicas ideias se limitam a anunciar que tem boas relações com o tecido empresarial e pode sempre dar uma palavrinha de alento. Ora bolas! Já não tenho idade para confiar em lições balofas...

segunda-feira, dezembro 19, 2005

É qu'eu gosto mesmo deles...

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Nem mais...

domingo, dezembro 18, 2005

Thai Gardens


Ontem foi dia de jantar no Thai Gardens, um restaurante tailandês que goza de merecida fama em S. Paulo, Casablanca, Cidade do México e Madrid. Fica na carrer Diputació em Barcelona, bem perto do Paseig de Grácia. É um lugar bastante simpático e acolhedor onde se podem saborear os melhores pratos da cozinha tailandesa. A decoração é tipicamente tailandesa, mas não exagera nem choca. Prima por um incrível bom gosto e uma incontornável sobriedade. Os ingredientes são importados, semanalmente, da Tailândia, o que garante, desde logo, a qualidade dos pratos. A cozinha está a cargo dochefe Khun Chedt.
De entrada comi um esplêndido Kai Satee, uma espetada de frango grelhado marinado em leite de coco e ervas, que deu qualquer coisa entre o agridoce e o subtilmente picante. De segundo, como aqui se diz, pedi frango com legumes salteados, ananás e castanhas de caju, de sabor e confecção irrepreensível. A Mónica optou por pato com legumes salteados. Um primor. A acompanhar, Thai Hom Mali, um arroz da região norte da Tailândia, servido numa espécie de copo de palha. É preciso parti-lo à faca, porque vem como uma espécie de pasta. Sem fazer uso de qualquer tipo de especiaria, combina divinalmente com os pratos. Para fazer face à secura crescente, meia de tinto da Rioja. O preço está adequado à qualidade da comida e à tranquilidade do ambiente.
Recomendo e aconselho.

Eleições para quê?

O PS tem a Acção Socialista...
... O PCP o Avante...
... O PPD/PSD o Povo Livre...
... O CDS/PP tem ?...
... O BE, o ?...
... Cavaco Silva tem ao seu serviço o semanário e os canais televisivos do dr. Balsemão.
O primeiro, dirigido por um ex(??)-maoísta, obeso e cheio de empáfia, de nome Henrique Monteiro. Nunca escreveu grande coisa, nem reportagens n'O Jornal há registo. Mas soube vender, vender-se. Fez bem. Está rico, néscio e imbecil... Como sempre. Foi (verdade seja dita, mas convenientemente escondida) sindicalista. Ainda HOJE estou à espera que dê a cara por qualquer coisa que não seja a (sua) conta bancária...
(Caso Cavaco seja nomeado, prometo contar algumas histórias do "director" do semanário do dr. Balsemão)
No canal televisivo, Ricardo Costa bem tenta. Mas, o melhor, é atirar a toalha ao chão...
... Porque a Eurosondagens, daquele moçoilo da UGT, falsamente auto-apelidado Oliveira e Costa (ainda haveremos de discutir aqui esta fantasiosa composição de apelidos, assim como a sua não inclusão nos processos do Fundo Social Europeu/UGT...), faz o que deve sr feito. Em prol do cliente que lhe paga mais ou, em alternativa, daquele cujos apoiantes asseguram mais e melhores negócios futuros...
... Assim sendo, proponho desde já ao inexistente Presidente da República, dr. Jorge Sampaio, cujo estilo pessoal consistiu em passar à clandestinidade neste segundo e, felizmente, derradeiro mandato, que cancele a próxima eleição presidencial.
Sendo que o resultado da Eurosondagens é conhecido, poupavam-se uns euros destinados às classes mais desfavorecidas - magistrados, sejam eles judiciais ou do MP, competentes ou mentecaptos, pouco importa ao caso, como os Teixeiras, os Guerras e outras alimárias ligadas ou não à Casa Pia da Pestana, a Felgueiras, Oeiras, ao Preto de Lisboa, a Gondomar ao ao raio que os parta... Administradores da CP e associadas, Ban(d)co de Portugal, PT, Galp e outras malfeitorias que tais e designava-se desde já o intelectual Aníbal Cavaco Silva como o próximo inquilino do Palácio de Belém.

O "gato melado" foi a Macau fazer o quê? E à custa de quem?

Já agora: alguém que me explique o motivo que levou à mudança de Poço de Boliqueime para Fonte de Boliqueime... Data dos idos de oitenta... [O semanário do dr. Balsemão, onde o actual director nem sequer entrava, contou e bem esta história. Idem para a vivenda Mariani...]

PS1: Desde que a Presidência da República foi objecto de eleições, NENHUM eleito fez de Belém residência pessoal. Excepção feita, claro, a Ramalho Eanes.
Quanto a São Bento, que se saiba, apenas Sá Carneiro - um herege e adúltero residente no Porto - Cavaco Silva, por ter o apartamento em obras durante onze anos, Durão Barroso, em trânsito para Bruxelas, e Santana Lopes que, como se sabe, não tinha (teve/terá?) residência conhecida - dormia onde o deixavam - apenas serviu e serve como local de trabalho...

PS2: Sá Carneiro poderá, poderia, ter sido um bom primeiro-ministro. Estadista, lamento, não o foi por, concedo, manifesta falta de tempo. Um resistente, isso sim, apesar das más companhias. Do seu partido, pois claro.

PS3: Sá Carneiro pediu ao dr. Mário Soares a adesão do PPD à Internacional Socialista. Soares bem tentou, mas a nomenklatura alemã (RFA) explicou que a vaga já estava ocupada pelo PS...
...Nesta época, Pacheco Pereira ocupava-se da liderança ideológica da OCMLP, Grito do Povo, pois claro. O mesmo incómodo grupúsculo do actual director do semanário do dr. Balsemão...

PS4: Sousa Tavares despediu-se do Público de José Manuel Fernandes. "Sem rancores", sans racune, disse... Porque o jornal do eng.º Belmiro é o diário oficial do prof.º Cavaco!

Digo eu!

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Já a seguir

Hoje/ontem
Ainda consigo emocionar-me e ser surpreendido. Assim é a vida!
E mais não digo...
...Talvez dentro de duas ou três semanas...
...Também é Natal, ninguém leva a mal e, parece, anda para aí uma pré-campanha eleitoral. De cujo resultado parece depender o presente e o futuro de Portugal...

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Barcelona


Mediterrânea. Dois mil anos de história. Aberta, desde sempre, a todas as inovações. Acolhedora, plural, diversa. Uma cidade para viver e partilhar.
É assim Barcelona, uma cidade, em todos os aspectos, muito tentadora. É inevitável qualquer um render-se, de imediato, às grandes praças aquecidas pelo sol, às colinas manchadas de verde que parecem olhar dia e noite, como que velando-a, para a cidade, às ramblas inundadas de animação de rua e de gente, aos bares cada um com o seu encanto e a sua personalidade (Barcelona é a cidade europeia com mais bares por habitante), aos jardins e parques mediterrâneos. Ao movimento, tout court.
Barcelona tem, justa e merecidamente, fama de ser a cidade mais moderna e vanguardista de toda a Espanha. Não fosse o meu manifesto e confesso desconhecimento das outras cidades europeias tidas unanimemente como ícones do cosmopolitismo, e arriscaria a dizer que Barcelona será a cidade mais cosmopolita de toda a Europa.
Senhora de uma grande variedade de tesouros artísticos, igrejas e grandes nomes relacionados com a arte e arquitectura vanguardistas, é uma cidade que surpreende pelos seus contrastes. A modelação insólita da cidade imaginada pelos arquitectos modernistas Gaudí e Domenech i Muntaner une-se, de forma surpreendentemente harmoniosa com o gótico, com a art nouveau, com as influências árabes. Se calhar justamente por isso Picasso e Miro se hipnotizaram por esta terra, e aqui passaram largos anos das suas vidas.
Além disso, Barcelona tem a vantagem de ser uma cidade humildemente aberta a outras culturas, a povos diferentes. É uma cidade que dá e recebe, que se faz rica e enriquece quem a visita e se deleita com ela.
São imperdíveis as ramblas, a Plaza Catalunya, a Plaza Reial, o bairro Gótico, toda a obra de Gaudí e de Muntaner – a demência da Sagrada Família, as formas loucas da Pedrera ou da casa Batlló e a sobranceria do Parque Güell do primeiro, o Palau de la Musica do segundo, e o famoso e geométrico Eixample dos dois.
A gente de Barcelona é vista como poupada, fria e excessivamente preocupada com o trabalho, pelo resto dos espanhóis. Não é bem assim. Mas também não é de todo mentira. Mas quem vinha, como eu, de pé atrás, rumo a uma cidade desconhecida, e desconfiado em relação ao feitio das suas gentes, a conclusão não pode ser outra que não esta: a Catalunha e as suas gentes fascinam-me.
Não me sentindo com legitimidade e, portanto, deixando para trás qualquer crítica ou sequer juízo de valor a propósito da legitimidade da vontade independentista da Catalunha, para mais numa altura de agitação social motivada pela polémica que gira à volta do novo estatuto autonómico da Catalunha, a verdade é que, a gosto ou a contra gosto os catalães (ainda) são espanhóis. E a verdade é que, neste momento, levo comigo, para Portugal, uma ideia, não digo diferente, mas pelo menos corrigida acerca dos espanhóis.
O ódio visceral e, pior do que isso, politicamente correcto que nós nutrimos pelos espanhóis ilustra bem uma das nossas piores facetas: um nacionalismo bacoco, saloio e deslocado, atrás do qual se esconde tímida e hipocritamente a nossa velha mania para desculpar a mediocridade própria com os hipotéticos abusos do vizinho.
O perigo iminente da “invasão espanhola” é um velho argumento deste tipo de nacionalismo. Qualquer bem pensante da nossa praça faz ponto de honra em menosprezar o que é espanhol e em atribuir a Espanha a razão dos nossos congénitos males. Insultar Espanha é uma espécie de desígnio nacional que qualquer português, qual macho lusitano, tem obrigação de praticar. É engraçado constatar que este é, além do mais, um desígnio que tem unido, ao longo dos tempos, todos, pobres e ricos, a “elite” e o “povo”.
Invejemos ou não, sintamo-nos mal com isso ou não, a verdade é que Espanha é hoje um país pujante, culturalmente próspero e fascinante em certos modos de vida sociais. Na União Europeia, Espanha é um dos Estados com mais forte presença, influência e personalidade, apesar de ser um país feito de nacionalidades diversas e castigado por inúmeras tentativas independentistas.
Espanha, ao contrário do que nós possamos, ou talvez gostaríamos, de imaginar não tem, em relação a Portugal, nem complexos de superioridade, nem complexos de inferioridade nem complexos de coisa nenhuma. Terá, admito, o cidadão comum, défices de conhecimento históricos e geográficos. Mas não só em relação a Portugal, mas também em relação a outros países. E não consta que alemães, ingleses ou franceses façam disso um ideal patriótico. Porque têm mais do que fazer do que andar a olhar para o vizinho.
Podem criticar a péssima qualidade da televisão espanhola, inundada de programas “cor-de-rosa”, podem gozar com a falta de cultura geral do cidadão comum espanhol, podem detestar o facto de o comércio fechar todo para a siesta a seguir ao almoço, podem abominar os filmes hollywoodescos cronicamente dobrados e nnca legendados, podem até gozar descaradamente com o facto de os espanhóis serem talvez o povo que pior pronuncia e fala o inglês (aqui, Nike lê-se niqué e Bruce Springsteen pronuncia-se brucé springuén), porque falamos de factos e não de juízos de valor sobre um povo. Mas, por favor, tenham noção que a crítica disfarçada de inveja é muito feia.
O que me preocupa verdadeiramente não é que Espanha se instale comercialmente no nosso país, porque isso até pode ser bom do ponto de vista económico. Preocupa-me, isso sim, é que nós não tenhamos a capacidade de fazer o mesmo, expandindo e impulsionando as nossas tímidas empresas para além fronteiras, e, ainda por cima, nos desculpemos com o velho argumento “Espanha”. Desculpem lá, mas essa história é já antiga e já deu o que tinha a dar.
Nota final: Decerto seria mais apropriado que aqui discorresse acerca da minha vivência concreta enquanto estudante ERASMUS, das diferenças em relação ao ensino e ao Direito propriamente dito. A verdade é que só terei uma ideia firme e segura de tudo isso quando a aventura acabar. Preferi deixar-vos o relato de como sinto Barcelona, de como vejo os espanhóis. O resto virá depois, com o tempo.

[N.A.- Texto escrito a convite do Jornal Tribuna, da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, e publicado na sua edição de Dezembro de 2005.]

Intocável:muito mais do que um jogador

Deco foi, para mim, sem a mais pequena dúvida, o melhor jogador que alguma vez passou pelo F.C.Porto. Pela sua garra de campeão, pela determinação inconformada, pela classe dos passes, pelos pezinhos abençoados, pela humildade no espírito de equipa. E é curioso ver como o define, hoje, um jornal desportivo catalão, negando rotundamente o alegado interesse do Barcelona em vendê-lo, supostamente para obter receitas para comprara Lampard ou Henry no final da época, acabando, ao mesmo tempo, com o excesso de médios centros que tem no plantel.

"Deco no está en venta. Esa es la rotunda respuesta, sin matices, enviada desde el FC Barcelona ante la alarma creada por una información aparecida, ya por segunda vez, en diarios editados en Madrid. Deco, tanto o más imprescindible que cualquier futbolista de la plantilla, representa 'los ojos de Rijkaard', como el propio técnico lo definió en su día. El futbolista, valoradísimo por la afición azulgrana, es mucho más que un jugador de fútbol: sus consejos y sus puntos de vista (dicen que habla poco pero cuando lo hace todo el mundo le escucha en la caseta) son tomados siempre en la más alta consideración, amén de ser el único futbolista de la plantilla que ha ganado una Champions."

E isto, num plantel verdadeiramente galáctico, recheado de jogadores como Ronaldinho, actual Bota de Ouro, ou Messi, considerado recentemente o melhor jogador jovem do mundo.
"É o número 10. Finta com os dois pés. É melhor que o Pelé, é o Deco, alé, alé." Tenho saudades, muitas, de ficar rouco por cantar este hino até à exaustão, depois de uma qualquer diabrura de Deco no relvado do Dragão. Também as deve ter Pinto da Costa & Co.

Estatística...mais uma!

Segundo um estudo feito recentemente, cujos resultados saíram ontem na imprensa espanhola, Portugal é um dos países a nível europeu com menos hábito de ler jornais. Atrás de si só a velha companheira destas andanças estatísticas, a Grécia. Em cada 1000 portugueses, apenas 50 têm o hábito diário de ler um jornal. Muito aquém do primeiro lugar, ocupado pela Suécia, país em que por cada 100 habitantes, 432 lêem jornais diariamente. Qualquer coisa como metade da população, coisa pouca. É triste, mas é assim a nossa realidade. Mas a verdade é que os argumentos irrebatíveis, as acusações fundadas, os factos indesmentíveis abundam nas típicas conversas de café. Baseados em quê? Na quinta das celebridades?

Resistência inumana

É incrível a resistência inumana, passo a redundância, do corpo humano. Dois meses depois do terramoto que deixou sem vida 70.000 pessoas e reduziu a escombros mais de 150.000 casas no noroeste do Paquistão, os habitantes de Muazaffarabad (uma cidade impronunciável, capital da Cachemira paquistanesa), removendo com as próprias mãos as ruínas, em busca de algo de valor ou à procura de cadáveres ainda soterrados, encontraram uma mulher, afogada pelos escombros, ainda com vida. Naqsha Bibi tem 45 anos e resistiu heroicamente a 65 dias (!!!) literalmente debaixo da terra. Sobreviveu graças à água da chuva filtrada pelos escombros e a alimentos podres que havia no local em que ficou soterrada. É preciso uma força de vontade incalculável.

Orgulho em ser português

“Sólo esa distancia, mínima pero aparentemente insalvable, que separa España y Portugal como dos hermanos siameses unidos por la espalda, puede explicar el desconocimiento que en España existe sobre la personalidad y la obra de Jorge de Sena, una de las grandes figuras de la literatura portuguesa de este siglo. A veces se tiene la impresión que, para España, lo único que interesa de la literatura de Portugal sea Pessoa y Saramago. Justificadísimo el interés en ambos casos, pero debería extenderse a otras figuras que hacen de la literatura portuguesa una de las más variadas e incitantes de este siglo.”

A frase não foi escrita por mim. O seu autor é Basílio Losada, o primeiro catedrático de Filologia galega e portuguesa na Universidade de Barcelona, jubilado desde 2000. A frase é do prólogo da sua tradução do livro “Sinais de Fogo” de Jorge de Sena, considerado por muitos o melhor romance português do século XX. E se aqui a transcrevo é porque é raríssimo ver em Portugal, quanto mais em Espanha (cada vez fico mais com a ideia que quem está de fora vê e avalia melhor as situações, sejam elas quais forem), um elogio tão rasgado à literatura portuguesa. Mas este senhor não esteve com meias medidas e considerou a nossa literatura uma das mais variadas e incitantes do século XX. É por estas pequenas coisas, aparentemente insignificantes, que (ainda) vou tendo orgulho de ser português.

Estranho...

...Que alguns alegados editoriais, travestidos de "afecto e sem açúcar" - não sei se com ou sem acento (assento não há muitos meses)- andem tão bem escritos. Pontuação e ortografia (quase) irrepreensíveis. (Parabéns a um dos dois editores-chefes...)
...Que um sub, adjunto ou outra coisa qualquer de um diário lisboeta (jocosamente dito)de referência, que infringiu todas as normas deontológicas, continue a escrever sem que o "gato melado" o processe por quebra do segredo de justiça...
...Finalmente, que a presente pré-campanha presidencial seja um verdadeiro Góbi de ideias. Parece que vamos eleger mais um primeiro-ministro.
It's Belém, you fuckin' stupids!...

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Dentro de dias, aqui...

...as eleições presidenciais. Se o clix do eng.º Belmiro, cuja eficácia apenas sublinha a minha estupidez - a netcabo de todos os ladrões deste país é MUITO melhor, embora caríssima -, revelarei o que penso deste imbróglio. Sosseguem os mais desconfiados. Em circunstância alguma apoiarei ou votarei em "robertos", marionetas ou outros personagens que tais.
Já estou farto de dar emprego a delgados/limas/hortas e costas do castelo/bpn's & cia. coimbrões ??? e quantos mais se abrigam sob as várias capas protectoras do Estado. Que muitos de nós, não todos, sustentamos...
Balsemão, Veiga e outros já metem aflição. Estão senis...
O Castro, castíssimo, que se recorde de outras andanças... E continue a perorar sobre o desaparecimento dos crucifixos nas escolas...
...E da efígie do saladino e do thomaz (onde é que este apelido se escrevia assim??)

Lamento, não resisti ao vómito...

O Conselho Superior da Magistratura decidiu arquivar o processo disciplinar instaurado (também foi mesmo só para disfarçar) ao ex-director da PJ Adelino Salvado no caso das cassetes alegadamente furtadas (manobra de diversão) a um jornalista e relacionadas com o processo Casa Pia.
Era o que mais faltava, a corporação censurar ou, numa atitude insane, criticar “sexa” o douto magistrado. E a reforma? E o subsídio para habitação? E as viagenzinhas de borla na CP e noutros transportes públicos à custa dos pagantes?
Fonte do CSM adiantou à agência Lusa que a decisão de arquivar o processo instaurado ao juiz desembargador (membro de um órgão de soberania, “qu’éssa merda?”) Adelino Salvado – que se demitiu da PJ na sequência deste caso – se deveu "à falta de provas" (????), – espantoso, as cópias das cassetes que possuo não deixam margem para dúvidas e foram gravadas via Internet – mas a "decisão não foi pacífica" (fica sempre bem dizê-lo…) e dividiu o plenário.
A decisão de arquivar foi tomada por maioria simples dos 16 membros presentes no plenário do CSM, que durou o dia inteiro – pequeno-almoço, almoço, lanche, jantar, ceia, copos e alternadeiras noite adentro [à custa dos pagantes, é claro!...] – tendo o caso Adelino Salvado ocupado praticamente todo o período da tarde.
(De acordo com relatos obtidos pelo «NMM», confirmados pelas facturas do catering, a actuação das “lapgirls” – atenção às nódoas suspeitas nas becas e à eventual colheita de ADN – terá tido início pelas 12h30. Refira-se que os veículos dos doutos [certamente de serviço, alguns dos quais são apanhados a 200 km/h nas estradas lusas…), terão sido limpos e criteriosamente lavados nas estações de serviço 24H da Repsol.)
(O restante período foi ocupado em celebrações, tipo “já demos outra ao Costa e ao Sócrates!”…)
O CSM abriu um processo ao magistrado depois de terem sido publicados na imprensa excertos de gravações de conversas entre o jornalista Octávio Lopes, do Correio da Manhã, e o então director da PJ Adelino Salvado sobre o processo de pedofilia da Casa Pia de Lisboa, entre outras. O alegado roubo de cassetes ao jornalista do Correio da Manhã Octávio Lopes ocorreu no início de Agosto de 2004. As cassetes continham gravações de diálogos do jornalista Octávio Lopes com investigadores, juristas, advogados, o director-nacional da PJ Adelino Salvado, a assessora de imprensa da Procuradoria-Geral da República, Sara Pina, e outras personalidades relacionadas com aquele processo. Três dias depois de noticiado o alegado roubo, Adelino Salvado, que nas conversas com o jornalista sobre o processo de pedofilia terá feito referências ao nome do então secretário-geral do PS, Ferro Rodrigues, apresentou o seu pedido de demissão do cargo alegando sentir-se isolado pela tutela política. Numa entrevista publicada poucos dias depois no jornal "Expresso", Adelino Salvado negava ter violado o segredo de justiça durante as conversas com o jornalista do Correio da Manhã.
(Essa agora!...)
O CSM – órgão de gestão (?) e disciplina (???!!!) dos juízes – é composto por sete membros indicados pela Assembleia da República, dois pelo Presidente da República, sete pelos juízes e pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça, (um verdadeiro artista português!…) que, por inerência, preside ao CSM.
Também era o que mais faltava, um esclarecidíssimo douto não presidir ao órgão disciplinar dos seus pares…
Que democracia seria essa???