domingo, janeiro 30, 2005

Grande malha


(imagem cedida pelo blog de santana)

sábado, janeiro 29, 2005

Bagão e o IRS de Santana

Bagão, o justiceiro, não cessa de ameaçar tudo e todos quantos não cumprem as suas obrigações fiscais.
Santana Lopes, e julgo que isso é público e notório, à data da tomada de posse como primeiro-ministro tinha dívidas fiscais, não só o vulgaríssimo IRS como, sobretudo, de IVA, imposto cuja retenção indevida constitui um crime.
Diz-se que Santana apresentou ontem uma certidão das Finanças atestando ter os impostos em dia. Todavia, não diz quando e se os pagou...
Ou quem não se recorda do filme anual protagonizado pelos clubes no momento de inscrever novos jogadores na Federação Portuguesa de Futebol e oficializando a não existência de dívidas ao fisco junto da Liga de Clubes para, um ou dois meses depois, se ficar a saber exactamente o contrário?
Bagão, o justiceiro, nada tem a dizer sobre isto?
Mas tem, ou teve, muito a dizer sobre a atitude de Freitas do Amaral que, a pedido da Comissão de Trabalhadores e dos sindicatos da CGD, emitiu um parecer sobre o assalto governativo ao Fundo de Pensões. Parecer esse que ia de encontro à posição expressa pelos membros do Conselho de Administração que, inclusivamente, ameaçaram demitir-se.
Freitas é, até ver, presidente da Assembleia-Geral da CGD, nomeado pelo principal accionista, o Estado. Assim sendo, e porque Freitas teve a coragem, não sei se a lucidez, isso se verá no futuro, de apelar ao voto no PS, espera-se que o diácono não se fique pelas ameaças - estilo "agarrem-me se não bato-lhe" - e demita Freitas do Amaral.
Não foi isso que aconteceu.
No caso de Santana, o ministro não só escondeu como se calou. Neste último, falou quando deveria estar calado. São manifestações serôdias de coragem...
E já agora: terá o nosso diácono dito algo sobre a execução orçamental?

Sondagens à parte


Mais palavras para quê?

sexta-feira, janeiro 28, 2005

A não perder

Em absoluto.
Os blogs de Morais Sarmento e Luís Filipe Menezes.
Por razões de higiene, não indico os endereços.
O conteúdo de ambos é, sem excepção, hilariante.
O do primeiro - pela loucura onírica passível de um processo por interdição - é verdadeiramente notável. Quanto mais não seja pelos links a uma série de organismos que, estatutariamente, se deveriam manter à margem de campanhas eleitorais. Claro que, para o ideólogo do delgado, vale tudo. Fica o registo.
No caso do candidato em Braga, ainda presidente de Câmara de VN de Gaia, distrito do Porto, as anedotas ainda são piores.
Se em Castelo Branco tudo não ultrapassa o foro psiquiátrico/judicial, em Braga o anedotário é completo.
LF Menezes só não explica quem o levou para Macau, o que lá andou a fazer e, sobretudo, o que leva um licenciado em Medicina - salvo uma inexcedível dose de incompetência e, mesmo assim, ainda tinha arranjado um tacho num Hospital SA do PSD -, a lançar-se numa carreira autárquica sem futuro.
Afinal, porque razão Luís Filipe Menezes não é médico?
Aguardo que, no seu próprio blog, surja a explicação.
Para, ao menos, juntar ao anedotário santanete...

Corrupção

O terrífico panorama da imprensa lusa está mais pobre. A Fólio, um "gigantesco" grupo empresarial sediado em Oliveira de Azeméis, que edita, entre outros, um matutino diário (e centenário), dito de referência, para além do Motor - alguém de entre os vivos já terá tentado desligar-se da newsletter deste semanário? - decidiu pôr fim à brilhante carreira comercial de «O Dia».
(Desculpem lá: ou servia para lavar dinheiro, ou como era possível continuar a sair para a rua?)
Este diário, matutino, que os vespertinos já lá vão - verdade, António Matos? -, sobreviveu largos anos graças à chantagem exercida sobre o corpo redactorial de «O Primeiro de Janeiro» e, de há dois anos a esta parte, fruto do esforço de dois gráficos entretanto despachados para a reforma.
(Se me desafiarem, conto como eram feitas muitas páginas do diário "dirigido" por Antero da Silva Resende. Manda a verdade dizer que escreve incomparavelmente melhor que Nassalete Miranda. Não é difícil. Mas, ao menos, aquele tem profissão fora dos favores político-partidários...)
A verdade é que «O Dia» foi sendo sustentado pelo Governo Regional da Madeira de Alberto João Jardim. Do mesmo modo que «O Diabo» e «O Primeiro de Janeiro».
Basta ver onde Jardim publica (e paga) as suas abjectas crónicas. Ao menos, nisto, esta alimária, tão endeusada por algumas "jornalistas" auto-intituladas das Artes & Letras - embora não saibam escrever em Português - é honesto. Paga para ser publicado, independentemente de quem escreve o texto. Jardim antecipou, pelo menos numa década, a famosa e famigerada central de informação. Sem necessidade de nomear um Luís Delgado para coisa nenhuma.
É como ir a um bordel de antanho...
Espero, para bem de muitos, os que lá ficaram e eu próprio, que a Inspecção-Geral de Finanças, se digne investigar o que se passa por aquelas bandas de Oliveira de Azeméis. Os «Recortes de Província» são, apenas, a ponta do polvo.
E escrutinar o Processo Especial de Recuperação da empresa »O Primeiro de Janeiro» que (julgo) ainda vai andando pelos corredores do Tribunal Cível do Porto - e onde sou parte interessada - desde 1991.
Acho que está na hora...
PS1: A apropriação do nome de Manuel Pinto de Azevedo Jr. para uma festança de casinos e prémios a quem mais for conveniente é, no mínimo, obscena. E diz bem da ideóloga... Que nunca viu, conheceu ou, sequer, falou com o dito, irmã, ou herdeiros.
PS2: Hesitei antes de escrever sobre este assunto. Pela proximidade, não afectiva, mas por respeito ao título onde fui admitido, como jornalista, nos idos de 1978. Mas não. 2005 é o ano do ajuste de contas com a cobardia, a ignomínia, a indignidade e, sobretudo, com quem, há dezenas de anos, foge e brinca com a justiça e o fisco porrtugueses. Garanto que, nâo demora muito, ainda o(s) vejo numa sessão do PS... Aos dois amigos, pois claro.
PS3: A lavagem de dinheiro é uma hipótese a não descartar. Surgiram alguns boatos...

Futebóis e Barca Velha


Pois, é verdade que o jogo da Taça de Portugal que, ontem, opôs o Benfica ao Sporting na Luz foi uma grande partida. Sem sombra de dúvidas, o melhor jogo desta época televisiva nacional. Verdade que o resultado final poderia ter ido para qualquer lado, tal o equilíbrio entre as duas equipas. Ganhou o Benfica? Ainda bem. Porque entre um e outro, veham os vermelhos.
Mas, parece que há sempre um, duas horas depois, eis que surgiu o Manchester United a receber o Chelsea na meia final da Taça da Liga Inglesa.
Já tinha sido uma bela noite de futebol. Ali pela hora de jantar.
Depois veio o hino. O futebol assassino, corrido e jogado durante 90 minutos, com uma única finalidade. Marcar golos, o Chelsea, principalmente depois de se ter apanhado a ganhar, quando o adversário menos o espera.
Este Chelsea de Mourinho é arrasador. Metem aflição as (poucas) manobras enganadoras de que me apercebo, as tácticas de adormecimento do adversário e o talento dos jogadores. São momentos de êxtase.
Ontem, foi uma grande noite de futebol.
PS: Parece que Mourinho tinha prometido a Alex Ferguson um grande jantar, com um grande vinho. Rezam as crónicas que lhe terá dado a beber Barca Velha de 1964. Já tivemos - o autor e o "azul-cueca" - o privilégio (único) de o beber. Graças a alguém que me ensinou a compreender o vinho. Diz o «The Guardian» que cada garrafa vale 350 euros. Por esse valor, meus caros bifes analfabetos, compro-as todas e, em 24 horas, dupico o capital investido. Esclareço que não paguei a garrafa. O relato do evento foi publicado, há largos anos, no suplemento dominical de um matutino portuense de referência... E está afixado à porta do restaurante. (Obrigado CM)
Não há muitos dias, cá em casa, abriram-se Callabriga e Quinta da Lêda, produtos da "família Ferreirinha", já sem a sombra protectora de Fernando Nicolau de Almeida.
Sendo que este é um blog eclético, o assunto será amplamente glosado.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Memórias

Há sessenta anos foi assim

Hoje é assim

Até quando?

Para onde nos está a mandar?


Já viram bem o dedinho no nosso (ainda) primeiro? Para onde nos estará a mandar? Tenho as minhas suspeitas, mas não passam disso. Notem bem a pulseira de boa sorte...

Quatro novelas à portuguesa

Será que, ainde este século, vamos ver e ouvir um debate entre Santana Lopes e José Sócrates?
Pelo andar da carruagem, suspeito que, antes de tudo, deverá haver, pelo menos, um debate entre os respectivos porta-vozes para decidir, em nome do chefe, se sim ou não haverá debate.
Esta é a primeira novela à portuguesa de hoje.
A segunda é, sem sombra de dúvidas, a execução orçamental divulgada ontem. Não há cristão que não fique aterrado.
Terceira: parece que Santana não resistiu e deixou fugir o pé para a chinela. Depois de Louçã ter deixado implícita a inclinação sexual de Portas, circunstância que o inibiria de discutir ou, sequer, falar sobre o aborto, Santana terá glosado em público idêntico boato que por aí corre sobre Sócrates.
A ser verdade, já que tudo não passou de "hear-say" - o ouvir dizer - algo vai mal neste reino da alegada intectualidade política.
Por fim: alguém acredita nos números de Santana sobre as nomeações destes últimos tempos? E até à posse de um próximo governo, quantas mais surgirão em Diário da República?

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Todos, já e em força

Todos, já e em força ao
http://azul-cueca.blogspot.com/
antes que a preguiça o extinga. Não começou mal, a moçoila. Vamos a ver como se comporta no futuro.

terça-feira, janeiro 25, 2005

Sem afecto algum e carregadinho de adoçante

Informo desde já que, muito possivelmente, o título não terá relação alguma com o texto. Mesmo assim não resisto.
Começo cronologicamente.
Não ouvi mas li algumas centenas de linhas, de vários autores, sobre o debate havido entre Paulo Portas e Francisco Louçã. Como nenhum deles me merece particular consideração ou afecto - salvo seja, encontrei a ligação com o título -, salvo seja, repito, entendo que nenhum deles merece suficiente credibilidade para ocupar mais que uma meia-dúzia de linhas. Na realidade, o que é que um proto-fascista tem a contrapor a um estalinista? Pouco, ou mesmo nada. Acho que nada. Das súmulas lidas, retenho apenas a grosseria de Louçã. É verdade que Portas é profundamente hipócrita e o seu alegado moralismo judaico-cristão apenas servirá, alegadamente, para consumo externo. Porém dizer a alguém que não se pode pronunciar sobre determinado tema, no caso vertente o aborto, é de uma estupidez sem limites. A ser assim, a pasta da Saúde estaria reservada para um licenciado em Medicina, a Defesa aos militares e por aí adiante...
Se o BE representa uma esquerda moderna, então prefiro a clássica. Sem jambés e humor de gosto duvidoso. E, vistas bem as coisas, a Internacional até é bonita...

A "novela" dos debates televisivos começa a enjoar. Começo a achar que Santana não quer mesmo nenhum debate...
Já agora, se o Presidente da República se deveria pronunciar e intervir neste assunto, sugiro que Santana & amigos peçam a Belém que intervenha e bloqueie as catadupas de nomeações, cujo balanço final, apesar de ter sido prometido para sexta-feira, ainda não foi divulgado.

Venha rapidamente a campanha e as eleições. Para ver se o ar fica mais puro...

sábado, janeiro 22, 2005

PS/Porto: psiquiatria ou polícia?

Não há muitos meses, escrevi no meu anterior blog que o PS/Porto era um caso psiquiátrico. Agora, acho que já é um caso de polícia.
Não sei se Nuno Cardoso favoreceu deliberadamente o FCPorto. Não sei se participou em qualquer negócio ou negociata e dele, ou deles, retirou qualquer vantagem pecuniária.
Não sei, nem para o caso interessa.
Também não sei se Rui Rio favoreceu, ou não, o Bavista.
Não sei se Pedro Santana Lopes favoreceu ou não o Sporting e o Benfica. Sei apenas que a sua gestão à frente da Câmara Municipal da Figueira da Foz está envolta num diáfano manto de suspeitas. Justificadas, ou não, é o que compete às autoridades averiguar.
A verdade é que o Euro2004 foi um sucesso. Mas é também verdade que, por onde o torneio passou, as câmaras foram sendo acusadas de favorecimentos vários, de negócios mais ou menos ocultos, de despesas leoninas, enfim, de um mundo de irregularidades.
Vem tudo isto a propósito da reacção de Nuno Cardoso quanto à sua constituição como arguido num processo relacionado com o Plano de Pormenor das Antas.
(Deixo-vos uma dica: convirá apurar os resultados da passagem de Ricardo Figueiredo pelo pelouro do Urbanismo da Câmara Municipal do Porto).
Com as frases que proferiu, com as insinuações que lançou para o ar, Nuno Cardoso parece ter sido contagiado por aquele vírus da esquizofrenia que reina no PS/Porto.
No mínimo, o partido deveria já ter deixado claro que não contava com o seu militante para mais nada.
O problema é, sempre, o aparelho. E, enquanto o PS/Porto não se desfizer de gente como Nuno Cardoso, Fernando Gomes, Narciso Miranda, Manuel Seabra, o funcionário Domingos Ferreira - o verdadeiro capo da distrital -, entre outros, continuará refém dos mesmos de sempre. Já agora: neste rol incluo Assis, optando por não mencionar outros de menor importância mas nem por isso menos nocivos.

Portas anunciou o seu governo, ao mesmo tempo que diz pretender um resultado superior ao PCP e BE juntos. No elenco constam Morais Leitão e Lobo Xavier. O cenário é hilariante. Os nomes divulgados significam que, nem os próprios, acreditam poder assumir responsabilidades governativas. Alguém imagina que Morais Leitão ou Lobo Xavier, mesmo se profundamente sensibilizados para patrióticas tarefas no governo, abandonariam as suas funções privadas?

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Desencanto

A 29 de Março de 2004, um amigo proporcionou-me a oportunidade blogar. Pois que fui blogando, blogando, blogando. Até que a 22 de Junho, decidi criar um sítio meu. Vocacionado para os palavrões, gratuitidade interdita, manteve-se apesar de alguns excessos que, como quase todos, se revelaram de mau gosto.
Por um lado, no "tortoedireito" surgia uma produção mais ou menos séria. O "linguaviperina" foi e ainda é, não sei se será, escatológico.
Admito que será difícil compatibilizar linguagens distintas, quiçá antagónicas, mas é isso que tentarei.
Este é outro projecto unipessoal. Não pedi, nem me foi concedido, qualquer apoio oficial. Não vejo muito bem por que não. Mas enfim, são coisas da vida.
Fica aqui a promessa. Logo que isto arranque, haverá produção regular.
Não renegarei ou esquecerei as minhas origens. O Norte sempre. Este norte peninsular, do Douro à Cantábria, pela língua (galaico-português), pelos usos e costumes, pelas memórias pessoais e raízes familiares...
Portugal desencanta-me. Sinto-me, por vezes, um estranho na minha cidade, este Porto de que tanto gosto.
Estranhamente, subo para Norte e estou em casa. Tudo isto nada tem a ver com política. Chego à margem direita do Minho e sinto-me em casa. Porque será?